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Estoques, Custeio e Precificação

  • Alex Baumgartner
  • 7 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de mai. de 2022


Conhecer de forma adequada os custos da operação não é das tarefas mais fáceis da administração.

O adequado custeio é primordial para a correta precificação e sobrevivência à concorrência de mercado.

Além disso, o correto custeio e apuração de estoques físicos e precificados constituem-se em tamanha importância perante a Contabilidade e Fisco que a sua apuração inadequada pode desqualificar a escrituração contábil da empresa, situação comumente ressalvada pelas auditorias.

Sem detalhar neste artigo as diferenças e modelos de constituição de custos para matérias primas, materiais auxiliares, produtos intermediários e produtos acabados, cada qual com suas particularidades, o que é necessário para uma adequada apuração de estoques, seu custeio e, também, a precificação?

· Avaliação do sistema atual de controle de estoques:

Avalie a situação atual de seu sistema interno, tanto de controle de estoques (controle físico), quanto ERP (controle lógico), considerando em relação às informações:

a) Integridade,

b) Fidedignidade,

c) Pontualidade,

d) Acessibilidade.

Apenas para exemplificar:

Integridade da Informação: bloqueios sistêmicos que não permitem atuações manuais no ERP, exceto ajustes de inventários devidamente apurados e formalizados.

Fidedignidade da Informação: o inventario físico total ou rotativo em comparação ao sistema lógico, registro fiscal de acordo com o documento físico, etc.

Pontualidade da informação: basicamente o sistema on-line ao menos o registro físico.

Acessibilidade: critérios de acesso ao sistema de estoques.

· Custeio:

Avalie a consistência dos métodos atualmente utilizados pela empresa, em observância a outras metodologias aplicadas à atividade de custeio, nas diferentes fases do processo, analisando as estruturas básicas dos serviços, critérios de rateio para distribuição de custos diretos e indiretos, tempos de processo operacional, etc. Em outras palavras, analisar a estrutura e o critério de apontamento de custos utilizado e a qualidade dos registros.

O custeio por absorção sempre é o mais indicado por seu conservadorismo e realidade.

No entanto, requer acuracidade adequada nos critérios e nos processos de apontamento.

Empresas utilizam também o custeio padrão, o custo meta no âmbito gerencial, que referencia o objetivo a alcançar pelo custo real ou por absorção.

Quanto maior o grau de automação e critérios sistêmicos utilizados no ERP, melhor é a realidade do custeio (por absorção). Quanto menor esse grau, maior a tendência de utilização do custeio padrão e suas variações serem reconhecidas de forma genérica como “outros custos”.

· Análise de variações – padrão x real (absorção).

Como mencionado, o custo padrão deve ser estruturado para ser o “melhor custo” que a empresa deveria obter, o custo meta a ser perseguido.

A análise periódica das variações padrão x real é o principal objetivo da área de custos, bem como identificar os motivos das variações e “melhorar o custo” em prol da saúde da empresa.

· Precificação.

Consiste em estabelecer os preços a serem praticados no mercado, o preço de venda propriamente dito.

Muito se utiliza a formula inversa partindo-se do custo do produto, inserindo os impostos e margem de lucro, chegando ao preço de venda praticado.

A precificação vai além disso. É importante visualizar a margem de contribuição por produto e a representatividade em toda a cadeia de produtos vendidos. A capacidade de geração de caixa por linha de produto.

Tendo conhecimento deste nível de informação e o ambiente de mercado, é possível balancear as margens de contribuição mais adequadas aos produtos e ao negócio como um todo e sinergicamente, ou seja, estrategicamente.

Surge aí a aplicação do pricing estratégico que, de forma simplista, consiste em aplicar os preços diferenciados e direcionados a cada cliente, pautados em negociação direta, vinculando mix de produtos ou possibilidade futura, a visão de parceira com o cliente.

Muitas vezes um produto sustenta outro, um produto lucrativo sustenta um produto negativo, prática que às vezes faz parte do negócio para segurar um mercado existente. O risco é não ser este o motivo, monitorável e intencional.

Por isso, a importância de se ter o conhecimento, a visão de estoques, custeio e precificação, tão importantes para a empresa.

Avalie criteriosamente o custo dos produtos vendidos de sua empresa!

Não basta ter lucro. É importante que o lucro seja sustentável.

Para o bem do negócio a longo prazo.

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